quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O que desejo para 2014



Dei um tchau para 2013 com muito peso no coração. Por ele ter sido o melhor ano da minha vida, fiquei até com pena de 2014 que teria que se esforçar muito para ser melhor. E também tive medo do que a vida me preparava em mais uma volta em torno do sol. Mas esse texto não é sobre a minha saudade de 2013, pois já falei muito dele. E nem sobre como 2014 já alcançou todas as minhas expectativas com apenas um mês.

Em Copacabana, assistindo aos fogos de meia noite, eu só fiz um desejo: que eu pudesse escolher ser feliz todo dia. Não pedi que o ano me surpreendesse, mas que eu mesma pudesse todo dia ao acordar escolher fazer mais um dia inesquecível. Pedi que eu continuasse a descobrir a beleza da vida ao ler um texto, ouvir uma música, estar ao lado de alguém que eu amo ou admirar a beleza do Rio de Janeiro. Pedi que eu não esperasse as coisas acontecerem, mas que eu fizesse acontecer.

Porque a vida é muito curta para esperar. Não tem como dar pause, retroceder, assistir de novo, dar um zoom ou diminuir a velocidade. Por que assistir se eu posso atuar? Por que vou sonhar e não realizar?

Hoje, com toda certeza do mundo, estou caminhando rumo aos meus objetivos e sonhos. Hoje, olho para as fotos de quando eu era pequena e penso “e se eu pudesse me contar como seria a minha própria vida?”. Tenho certeza que a pequena Belinha, teria orgulho da Isabella que sou hoje.

Esses anos de conquista e realizações são apenas o início de uma grande história que começou a ser construída há muito tempo. Agora, sou eu. Tenho mãe, pai, família e amigos, mas mesmo tendo tudo isso, as nossas escolhas é a gente quem faz. É a gente que aprende, luta, corre, cai, chora e sorri. E eu to pronta para aprender, lutar, correr, cair, chorar, sorrir. To pronta para encarar a vida e tirar dela o máximo que eu posso.

 Porque a vida é assim, uma eterna mudança. Mudança de fases, de sentimentos, de pessoas e até do que você é. É importante saber que alguma hora tudo vai mudar. E que no meio de infinitas mudanças, algum momento vai ter que dar certo,  SEMPRE. Nunca vai ser do jeito que você esperou, pode ter certeza. Porque a vida é surpreendente e imprevisível.”

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

485



Entro no ônibus e te vejo procurando por mim. Há tantas outras pessoas aqui, por ai, entrando nesse mesmo ônibus agora comigo ou que entraram naquele dia que te conheci. Mas é para mim que você olha. Foi para mim que você olhou naquela sexta feira tão normal que eu nem lembro como seria se você não tivesse aparecido. Faz uma semana. Uma semana que eu entrei no mesmo ônibus que pego todo dia e ao entrar nele, meus olhos focaram em alguém e olha, esse alguém é você.
Não consigo descrever como foram aqueles minutos agoniantes no caminho. Eu te olhava, você me olhava, o nosso olhar se cruzava. E meu coração quase saía pela boca. E os chocolates que eu carregava acabaram em menos de cinco minutos. Passei a viagem toda tentando esquecer que havia um cara maravilhoso ao meu lado e olhando para mim, mas não consegui sossegar por um minuto sequer. Até que você com seu português quase inexistente me pediu uma informação. E essa informação se transformou em uma conversa, um facebook, uma bate papo, um convite para sair.
E aqui eu estou, uma semana após, vivendo uma história que parece um filme de romance. Aquela história onde o cara é lindo e a protagonista é mais uma daquelas garotas desajeitadas que não entende porque ele se apaixona por ela. Ele, com todas as características de um príncipe moderno, e que ainda me enxerga como a princesa que nunca imaginei ser.
Ele me olha de um jeito tão singular. Há algo escondido e ao mesmo tão explícito naquele olhar. Algo que me faz ter certeza de todo um sentimento que já existe e de um maior ainda que virá.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sentimento sem nome

Quando eu te vi me esperando naquela quinta feira de sol morno, imediatamente me encantei por você. Você transformava cada música que tocava na rádio em uma lembrança e me fazia rir ao cantarolar algumas delas no chuveiro. Eu me apaixonei pelo seu jeito fresco de lavar as mãos toda hora. Pela sua mania de ter o lado certo da toalha para se enxugar. Você me cativou pelo seu portunhol esquisito e por parecer só saber o adjetivo “bonito”. Tudo era bonito para você. Até eu. E pela primeira vez eu acreditei quando alguém disse isso.

Nós nunca iríamos namorar. Não é que a gente não tenha se gostado. Pelo contrário. Mas não foi uma daquelas histórias de amor à primeira vista. Muito menos aquelas tipo as que o Nicholas Sparks escreve. Eu nunca te amei, nem sequer fui apaixonada por você. Então, qual o nome disso que eu sinto até agora? Esse sentimento tão intenso que me faz pensar em você todos os dias mesmo depois que você foi embora. Sentimento que me faz pensar em você mesmo sabendo que eu nunca mais te verei novamente.

Eu me apaixonei pelo seu beijo. Pela maneira carinhosa de tirar minha roupa, de me deitar na cama e de olhar para mim. Eu me apaixonei pela maneira que você ficava louco com cada movimento meu e por aquele sorriso safado-inocente que você dava quando eu te agarrava. Eu me apaixonava a cada dia mais por ter sido o melhor cara da minha vida. E ainda mais por saber que era o que eu menos podia amar. 

Eu me encantei pelos seus olhos azuis, seu cabelo loiro que nunca bagunçava, pela sua boca tão pequena, pelo seu corpo tão bonito e pelo conjunto de todas essas coisas que fazia você parecer que veio diretamente de um sonho que eu nunca ousei ter. Eu amei estar vivendo o que toda garota gostaria de viver, mas sabia que no final nem tudo seria tão bonito. Até que parecia que não ia ser tão difícil assim. Afinal, eu amava tudo em você, mas nunca foi aquilo que as pessoas sentem quando estão apaixonadas. Eu sabia que viriam outros depois. Outros que eu acreditaria, outros que iriam mudar minha vida, outros que iriam me fazer feliz, talvez outros tão bonitos quanto. Mas nenhum deles seria você. Não vou dizer que você foi o amor da minha vida, mas absolutamente foi o que mais a marcou.

Eu te amei sem te amar. Eu me apaixonei sem me apaixonar. E agora vivo carregando um sentimento sem nome dentro do meu peito. Eu tento, tento, tento e tento. Mas não consigo te esquecer, não consigo superar.

E olha que eu nem chamo isso de amar.

Alguém me diz qual é o nome disso? 

Existe amor sem amar, paixão sem apaixonar? Porque eu sinto esse sentimento sem nome até hoje e ele não deixa de aparecer todos os dias. Ele vem de pouquinho em pouquinho, calminho e não me deixa nem por um tempinho. Eu até que gosto um pouco. Porque se não fosse por esse sentimento que deixou, eu poderia até chegar a pensar que você nunca foi verdade. Que foi mais um daqueles amores que eu invento quando to entediada. Mas por toda essa agonia que sinto ao ouvir seu nome, eu lembro que tudo foi real. REALIDADE. Ou sonho. Um sonho vivido. Um amor de verdade. Mas sem ser amor.

Eu não sei quando vou superar, quando vou me lembrar de você apenas como uma história e não com um aperto no peito. Sei lá se algum dia vou me esquecer de todas as cenas e imagens que eu luto tanto para guardar na minha memória ou se elas irão continuar na minha mente me lembrando o tempo inteiro de uma história inesquecível. 

E eu sabia. Sabia que você iria embora. Eu sabia que não iria te ver nunca mais. Eu sabia de todas as consequências desde o começo. Eu sabia que nunca seria amor, sabia que nunca seria amar, sabia que nada teria como mudar. Mas tenho certeza que havia muito sentimento em algum lugar. Nós fomos amor, paixão, tesão, desejo, vontade, curiosidade, sonho, descoberta e loucura. Fomos tudo e nada ao mesmo tempo.

Hoje, ao ouvir qualquer música que me faça relembrar o mínimo daqueles encontros, eu me lembro de quando você estava aqui. Ouvir Maná faz os meus olhos se encherem de água e tomar banho nunca será o mesmo sem você. Eu até sorrio, e me lembro de como as garotas me odiavam por alguns segundos quando eu passava com você. E continuo achando uma frescura você ter um lado da toalha para secar o rosto e outro para secar a perna. No final, você já sabia dizer que além de bonita, eu era linda também. 

Mas lindo era você. Que transformou a minha vida mesmo sem me amar e que me proporcionou sentimentos lindos sem se apaixonar. 

Por ser meu tudo e meu nada, eu te amo. E ainda sou apaixonada por você. E aqui dentro tem um sentimento sem nome que vou passar a vida sem entender.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Te vejo assim



Te vejo assim, sem blusa fumando um cigarro na janela do seu quarto olhando a escuridão do céu. Já são quase duas da manhã e eu tenho que ir embora. Mas não quero. Foi tudo tão bom, tão especial, tão interessante, mas sei que quando acordar amanhã de manhã vou ter me arrependido do que fiz. Ou talvez o arrependimento só apareça em uma terça feira entediante. Só que hoje ainda é sexta. E eu te vejo assim, na janela, na cama, na cozinha, no bar, na Lapa. Me vejo assim, pensando em você e em como posso talvez ter estragado tudo sem ter ao menos começado. E eu sei que talvez eu vá me arrepender e só eu sei, o quanto todas as noites eu vou me lembrar desse dia e imaginar como poderia ter sido se tudo fosse diferente.
Será que você vai me procurar?
Como me procurou tão rápido naquele domingo, em que eu perdida da minha amiga estava parada olhando em volta sozinha e seu amigo me apresentou a você. Como me convidou tão rápido para tomar um chopp e eu que nem gostava de cerveja, aceitei só para te conhecer. Eu, com aquele medo de você não aparecer (mas por que não apareceria?) fui sentindo um iceberg na barriga. Lá estava você. Com todas as características de um cara perfeito e um genro maravilhoso. Um sorriso de arrebatar qualquer coração. E eu ao seu lado tentando me esconder dos olhares que se perguntavam o que eu estava fazendo ao seu lado.
Em meio a toda aquela conversa, a toda nossa sincronia e a todas as suas características explicitamente vibrantes, eu fiquei imaginando como eu era sortuda de estar podendo viver aquele momento. Em meio a toda essa pesada e inebriante lembrança, eu já imaginei todo o nosso inventado futuro que não irá acontecer e nem parecer que vai a ponto de me dar esperanças. Mas, tudo foi tão bom e tão eterno enquanto durou. Seu cabelo bagunçado. Você andando sem blusa pela casa. Um cerveja gelada naquele dia insuportavelmente quente. Eu, você e seu cigarro na janela pós-sexo. Você e eu na sua cama nos primeiros momentos do meu aniversário. Nós dois deitados ouvindo alguma música desconhecida tocando no rádio.
Eu sei o seu nome e algumas coisas sobre a sua vida, mas queria saber muito mais. Queria te ver em chegar cansado do trabalho, ouvir sua voz no telefone, caminhar de mãos dadas rente ao mar, sentir o teu cheiro, saber seus segredos e te beijar na chuva.
Tudo pode ser diferente?
Te vejo assim, encostado na pia e me puxando para perto e percebo que não teria como ser de outro jeito, já está sendo, já foi. Talvez não tenha sido como o planejado por cada um de nós, mas foi como tinha que ter sido. Fui feliz com você. Não para sempre, mas por um momento eternizado. Às vezes penso em voltar atrás, mas e ai como seria? Talvez eu nunca tivesse a lembrança confusa dos minutos em que fomos um só.
Eu pensei, pensei e pensei. E continuei pensando entre a sexta em que te vi e a quinta em que cansei de pensar em você. Li tudo o que já escrevi e recapitulei tudo o que penso sobre mim, sobre a vida e sobre todas as outras coisas. E percebi. Percebi que a vida é cheia dessas histórias com gosto de quero mais e vontade de que tenha continuação. E essa é justamente a graça de tudo. Viver novas experiências, amar alguém em uma noite, viver uma linda história em alguns dias, eternizar um momento, aprender com os erros, aceitar o que já foi feito, não se arrepender do que já foi vivido, sentir falta do que já foi, imaginar o que podia ter sido e guardar para sempre aquele olhar cheio de sentimento.
E em mais uma noite, eu aprendi uma lição para a vida toda. Tudo o que começa rápido, acaba na mesma velocidade. Mas fica no coração com a mesma intensidade.
A vida é assim, continuar vivendo, sem se arrepender ou olhar para trás.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Feliz ano novo!

2013 se vai deixando a mesma saudade que alguém especial deixa quando vai embora. Esse ano foi o melhor ano até agora e trouxe surpresas em todas as áreas da vida. Ano de maior independência e responsabilidade. Posso dizer que sou totalmente nova esse ano, pois me transformei a cada dia uma pessoa melhor – para mim, não para os outros. Ano que fiquei um pouco perdida em meio a tantas mudanças e que em momentos nem me entendia. Ano em que vivi histórias nunca vividas e construí lembranças eternas. Ano que deixei de lado tudo o que não valia a pena carregar. Ano de sorrisos e choro de alegria. Ano de muitos abraços, muitos beijos e muitas pessoas especiais. Ano que descobri o meu potencial e que deixei de lado todos os traumas e desconfianças. Descobri também que nada é impossível. Aprendi que uma noite pode revirar sua vida toda. Aprendi que apenas um sorriso pode cativar alguém. Fiz novos amigos, fortaleci velhas amizades. Sai e dancei muito! Aproveitei como nunca e um só ano valeu por muitos. Senti saudade como nunca e vi pessoas indo para nunca mais voltar. Sentimento demais para tão pouco tempo. Finalmente entendi que “tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível”. Nesse ano eu fui completamente feliz e eu só tenho a agradecer!
Não desejo nada para 2014 pois quem faz o ano ser bom sou eu! Que eu tenha a capacidade de fazer todos os momentos inesquecíveis e que eu seja melhor!