sábado, 31 de maio de 2014

Quem pensa em amanhã se podemos viver agora?

Você é lindo. Por dentro e por fora. Mente quem diz que beleza não importa. Mas beleza não faz ninguém ficar na vida de alguém. Você é lindo, mas o que me conquistou mesmo foi seu jeito. Seu jeito tão meigo de ser lindo e parecer não saber que é. De ser tão maduro, mas parecer um menino descobrindo o amor. Você me conquistou ao me perguntar aquele dia se eu gostaria de te encontrar mais uma, duas, três ou quatro vezes. Me conquistou ainda mais ao abrir o coração e falar sobre sentimentos. Me conquistou definitivamente ao sempre sentir o mesmo que eu. 
Naquele domingo, você me disse que me achava linda por brilhar no sol. Na verdade, penso que todo o meu brilho era de felicidade. Porque desde que você chegou, aprendi  que tudo pode ser mais fácil. Que sentimento é para ser sentido e não evitado.  Aprendi que quando alguém gosta, não é preciso buscar nas entrelinhas, porque é claramente notado em cada atitude e em cada palavra. 
Mesmo sendo sempre cheia de dúvidas e confusa, tenho certeza. Certeza que nada é uma simples coincidência. Certeza do sentimento que temos um pelo outro. Consigo ter certeza mesmo com um futuro tão incerto. Certeza que agora eu tenho minha mão ligada a sua mão, mas depois terei meu coração ligado a seu coração e toda essa distância vira um simples detalhe. 
Às vezes, me sinto como uma louca sonhadora inventora de amores. Sentir não é sempre tão simples. Sinto vontade de jogar tudo pro alto, desistir, esquecer, evitar, tudo para não sofrer. Deixar você ir logo, por vontade própria, para não ver você indo contra a nossa vontade. Já quis te perder por medo de te perder. Mas por que te deixar ir por medo de te ver ir embora? 
Olho para você e enxergo tudo o que eu sempre quis. Olho para você e entendo porque não deu certo com todos os outros. Porque demorou tanto. Porque era para ser com você, aqui, agora. E todo aquele vazio que precisava ser preenchido, agora você preenche e até chega a transbordar. Quem pensa em amanhã se podemos viver agora? 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Eu te espero



Deito no teu peito e digo: não te deixo.
Não quero te deixar sair, nem cair, nem partir.
Eu tenho instinto, não mente, não minto, só sente, eu sinto.
Eu dou, entrego, confio. Sem medo de doer, perder ou sofrer.
Sem medo de voltar atrás.
Vejo, vou, voo. Vem, vai e retorna.
As lembranças marcam o caminho de volta, cê volta?
Se vier, vem de ré, vem a pé ou do jeito que der.
Não, não vou te esquecer não.
Se você quiser, querer, correr, ter vontade de, vai acontecer.
A gente bebe, vive, arde, come, tece, move, mexe, só não deixa pra lá.
Multiplica saudade, ramifica vontade, divide verdade, soma as metades.
Rega, roga, reza, ora. Uma hora chega nossa hora.
Fica tranquilo, eu ligo. Ligo se você chorar, se quiser conversar, rir ou desabafar.
Se quiser me deixar, eu não deixo esfriar, vou esquentar.
Vou te amar, seja aqui ou lá.
Eu sonho, exponho, a vontade que tenho de te ver voltar.
Eu digo, te entendo, consigo e aprendo.
Pra você, a porta não se fecha, há sempre uma brecha.
É só você sorrir, vou me render, tremer, correr, querer você.
Vai ter sempre algo lá dentro, aceso, vivo, um motivo decisivo.
Eu aceito, te deixo, te sinto, te beijo.
Me dá a mão, vamos pro mar, admirar a beleza desse lugar.
Diz que me ama, que me quer, na cama, na rua, onde der.
Vai, mas volta. Eu te amo e te quero. Não demora, mas se você demorar, você sabe, eu te espero.