segunda-feira, 30 de junho de 2014

Conto de fadas

Felipe era o nome do príncipe encantado de uma história de conto de fadas. Ele era de 1500, talvez. Mas príncipes encantados continuam existindo. 
O meu, não anda em um cavalo branco, mas em um carro – igualmente branco. Veio de um reino lá da Itália e tem um charme como todo mundo imagina que um italiano tem. Nem sempre se vestia como um príncipe, mas o seu coração era de um nobre guerreiro. Gigante, mas tão delicado. Tão bonito que poderia ser um ator ou jogador de futebol. Já até tem a mania de mexer o tempo todo no cabelo como o mais vaidoso deles. Mas ele não é nenhum famoso, nem metido, nem algum cara inalcançável; é só o meu príncipe. 
10 mil quilômetros são o meio da história. Uma mala vermelha, uma mochila azul e um aeroporto num bairro afastado do centro da cidade. As lembranças deixadas numa bolsa esquecida na antiga casa, uma pulseira, e marcas no peito. Por dentro e por fora. 
“Promete me esperar?” Ele sempre perguntava. Meu príncipe parava de sorrir nessa hora. E eu logo dizia que sim, porque realmente iria e também porque precisava daquele sorriso sempre à vista. Em uma dessas promessas, descobri que o amava. Não sei o dia ao certo. Não sei nem porquê. Só sei que meu coração já era todo dele. Meu príncipe fez uma organização perfeita no meu coração tão bagunçado. Ele me fez gostar de rotina, depois de tanto lutar por uma vida sem script. Passei a querer que o tempo passasse devagar, e quando ele se foi, queria que o tempo passasse mais rápido. Eu o queria no passado, presente e futuro. Para sempre. Eu sempre tive medo de falar de eternidade, mas ele é tudo o que eu sonhei. Parece que nossa história foi escrita por alguém. Parece que esse escritor criou ele exatamente como eu queria, e eu, da maneira que ele precisava. Nosso encontro não parece só um desses encontros casuais, mas parece que tinha muito mais por trás. Nossa história não é uma história qualquer, parece que foi planejada para ser bonita e cativante. Temos tudo para dar certo. Temos tudo para ficar juntos. A história ainda tá no meio, mas o final você já sabe: com certeza vai ser feliz.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

É amor

Você tem o sentimento mais bem guardado dentro de mim. Aquele amor cultivado desde a infância quando eu ainda sonhava em me casar com alguém. Aquela vontade de desvendar o mundo porque eu saberia que uma hora iria te encontrar. Era por você que eu já sentia aquela saudade de alguém que ainda não tinha conhecido. Será que toda essa saudade que eu sentia lá, era para aliviar a que eu sinto aqui?

Porque ainda não me dei conta que você está tão longe, porque é como se você estivesse aqui o tempo todo. Junto comigo, por onde eu vou, quando acordo e quando durmo. Eu gosto tanto de você que toda essa distância não me perturba. Eu amo tanto você que aceitei que nossa separação era inevitável e que esperaria por você com todo o meu amor guardado, como sempre guardei, e tentaria aguentar a rotina chata e entediante de não poder sentir o teu abraço e beijar a sua boca.

Esse sentimento é tão esquisito, eu ainda não entendi. Uma hora, penso que eu sou louca e que consigo viver muito bem sem você e depois de alguns minutos já estou desesperada só em pensar em não te ter mais na minha vida. Esse sentimento é tão forte que me todo dia me lembra que vai dar certo, que vamos ser felizes, que temos um futuro juntos. Esse sentimento é amor porque se for para ver seu sorriso outra vez, eu fico longe dele o tempo que eu tiver que ficar.

Esse sentimento vem do passado, é presente e será futuro. É o antigo desejo de um presente que virá. É a união de sentimentos desses três tempos. É saudade, amor e esperança. É imaginar sua mão na minha, coisa do passado, que é o maior desejo no presente e certeza no futuro. Certeza é o nome desse sentimento. Certeza tão tímida, tão simples, que até tem medo de ser tão certa. Certeza que você não é só um sonho, mas que é realidade. Certeza que você tá ai, que eu tenho a sua certeza também, que eu não vou te perder não.

Esse sentimento é a esperança de que um dia eu vou poder te dar um abraço que vai matar toda essa saudade que está crescendo dentro de mim. É um amor tão forte que me faz ser toda esse sentimento. Sentimento que me faz querer que você seja o último. Que me faz querer parar de tanta procura, porque eu já achei aquele que eu sempre vinha procurando.

Esse sentimento, às vezes, também me assusta. Porque eu sei que todo mundo tem defeitos, só que eu não consigo achar nenhum que me faça querer desistir de você. Porque os defeitos que você tem até contribuem para sua perfeição. Porque essa sua perfeição me fez tantas vezes ir para casa pensando que eu era muito pouco para você. Então lembro, que você também achava a mesma coisa de mim. Penso que esse sentimento me assusta justamente por isso: pensamos sempre a mesma coisa e muitas das vezes na mesma hora. É nessa hora que sinto a vontade de que meus olhos fechem, meu coração se abra e as bocas façam o movimento que quiserem.

Esse sentimento me faz querer atravessar o oceano para te ver outra vez, que me faz cruzar as nuvens para estar ao seu lado por outros momentos. Sentimento que me faz escrever sobre você como se eu tivesse fazendo o trabalho de casa de uma criança de cinco anos, fácil e rapidamente. Porque nessa história não há vírgula, até quando muitos dariam pontos. Nossa história é a trajetória de um sentimento nascido dentro de um ônibus e que nem uma partida em um avião pôde abalar. É a saudade que dá força de vontade para dar um jeito de fazer acontecer. Esse sentimento é a decisão das nossas vidas.

Esse sentimento é a certeza que você é meu e ninguém vai gostar de você como eu gosto. Certeza de que te fazendo feliz, serei feliz também. Medo de que um dia você deixe de gostar. Medo de que um dia sua felicidade seja longe de mim. Esse sentimento é notável a 10km de distância. Ele é especial. Não senti isso por nenhum outro, porque ele esteve sempre guardado para você. Mas como qualquer remédio, tem que ser administrado em poucas doses, porque até o que faz bem pode matar se há exagero.
 
Esse sentimento é a coragem de mostrar para você tudo o que escrevo, é a coragem de abrir o local mais secreto – meu coração - para alguém que pode destruí-lo, é a coragem de mudar minha vida toda só por você. Esse sentimento é o desejo que eu tenho de ser feliz – mesmo sem você aqui – porque depois de te conhecer não tenho mais o direito de ficar triste, é o desejo de ser feliz – porque um dia você vai estar aqui – e então serei feliz para sempre. Esse sentimento é grande, mas nunca será ser pouco. É forte, mas nunca será fraco. É tudo, mas nunca poderá ser nada.

Esse sentimento é tão leve, mas é tão forte. É tão recente, mas é tão antigo. Sentimento mostrado, confessado, gritado. É salvador, encorajante, lindo e verdadeiro. Ele me fez encontrar um sentido para tantos desencontros: era para ser você. Você, que já era meu desde sempre, mas que só chegou agora. Esse amor que chegou, mesmo sempre tendo existido e que estava guardado para você.
Esse sentimento forte e único. Que é só teu. Que é amor

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Para ficar feliz

Hoje, o que eu escrevo é mais um desabafo do que um texto. 
Todo mundo sabe que na vida há altos e baixos. Uma hora tá tudo bem, outra hora nem tanto. Não to passando por um extremo da vida, mas tem hora que se uma coisa não tá resolvida, desequilibra todo o resto. E a partir disso, qualquer mínima coisa que não dê certo te deixa frustrado e com raiva. Bem, isso acontece comigo.
Posso listar aqui as coisas que estão me perturbando. A principal é quando eu planejo uma coisa e tudo começa a dar errado. Ainda tem a distância de 10000 km da pessoa que eu amo, final de semestre, muitos trabalhos, não poder fazer as coisas que eu gosto e a coisa mais chata dos últimos tempos: internet lenta. Problemas classe média sofre, admito. Mas é por isso que eu to escrevendo esse texto. Para não deixar essas coisas insignificantes (tirando meu namorado da história) minarem o meu dia. Escrevo esse texto para eu mesma reler depois.
Afinal, eu sempre escrevo para entender e desabafar. E agora, a nova modalidade, escrevo para enviar meu amor por ai. Em meio a tantos motivinhos para ficar irritada, eu tenho outros muito maiores para agradecer. Quero fazer meu coração sorrir agora.
Para e pensa, Isabella. Lembra de tudo. Desde o início. Pensa em sua vida. Pensa em você. Conseguiu? Pensa no seu namorado que agora tá longe, mas que quando tava perto fez você a mulher mais feliz do mundo. Errei na frase, que mesmo longe continua te fazendo feliz. Lembra de como eram deliciosas o macarrão que ele preparava (me desculpe Paolo, eu sei que é massa) e de como era bom depois adormecer cansada nos braços dele, até ter que acordar e sair correndo. Agradece a Deus por ele ter te dado um presente embrulhado numa caixinha gigante chamada 485 (na verdade era 486). Pensa no seu irmão que pacientemente te ama apesar de você não ser tão fofa com ele assim. Ele sempre pega o carregador quando você tá desesperada com medo do notebook desligar e nunca reclama. Você talvez não faria isso por ele. Agradece porque Deus criou ele com uma bondade tão grande no coração. Lembra da criança feliz e agitada que você era e que adorava aprontar. Lembra dos salgadinhos deliciosos que a vovó faz. Lembra de novo do seu namorado e do amor à primeira vista que você pensava que não existia e de como o amor cresce quando duas pessoas estão dispostas a amar. Lembra do Fofinho e em como ele não sabe ser fofo, mas demonstra que gosta de você por tanto que implica contigo. Lembra que você ainda sonha em receber flores e presentes da pessoa que você ama, e o principal sem precisar pedir (senão não tem graça). Lembra de como você sempre sonhou em tomar banho em uma banheira (ainda vai tá?). Lembra que sua mãe só é chata porque ela se importa contigo. Às vezes, é melhor alguém enchendo seu saco do que alguém que não dá a mínima pra você (só às vezes tá mãe? Não todo dia!) . Lembra de como você esperava ser gostosa um dia, mas descobriu que o seu tipo físico é de ser magra para sempre (ou não né, mas acredito que essa barriga que apareceu não me pertence). Lembra de como é bom tomar o café que a Penha faz toda manhã no trabalho. Lembra de como é bom abraçar. Lembra de como você canta mal e queria tanto ter uma voz bonita. Lembra de como cada um tem seus dons e talvez o seu seja só escrever.
Lembra de como foi descobrir como fazer amor ao invés de sexo e como isso foi estranho no início, mas como é tão melhor agora. Lembra da melhor panqueca que você comeu na vida (com meu já citado namorado). Lembra daquela pizza que vocês fizeram também. (por que você só pensa em comida?). Lembra de como você é louca e inventa regras até para o que não precisa (isso merecia um texto). Lembra de como você sonha em ficar velhinha ao lado de alguém. Lembra de todas as marcas de tombos que você tem pelo corpo, isso é sinal de infância bem vivida. Lembra do seu primeiro pt. Lembra da barriga que você criou, mesmo sendo magra, depois de só pensar em comida. Lembra de como é bom ler. Lembra de como era bom ver as estrelas a noite e de como é bom lembrar que elas ainda existem nos lugares onde a vida pede mais calma. Lembra de como coca cola é bom. Lembra de como você jura que um dia ainda vai entrar na academia. Lembra de como você já mudou em toda a sua vida. Lembra de que você tem que terminar esses trabalhos logo para voltar a assistir breaking bad. E voltar a jogar o the sims com 2 expansões que está só esperando por você. Lembra que em janeiro você vai realizar mais um sonho e que daqui a 6 meses vai estar viajando pela Itália (eu vou, eu vou!). Lembra de como é bom batata com cheddar e bacon. Lembra de como é bom beijar na boca (só não posso lembrar que só vou fazer isso daqui a 6 meses senão fico triste de novo L). Lembra de como é bom ouvir música. Lembra que amanhã o sol nasce e que mesmo que ele não apareça, a vida continua. Lembra de como é bom comer um misto quente com nescau. Lembra de todas as fotos que você ainda quer tirar. Lembra de tudo isso e mais um pouco.
Mas principalmente, lembra que você tem motivo para ficar triste sim, mas tem outros mil para ficar feliz.

domingo, 1 de junho de 2014

Assim como o destino quis


Quando se ama de verdade não há mentira, nem orgulho. Esse amor demora a chegar, mas quando chega preenche tudo. Enche a nossa boca de palavras boas e nosso coração de paz.
Chega uma hora, que a gente só quer tranquilidade e amizade. Quer domingos em casa e cuidado um com o outro. Quer conversas sem fim e beijos e abraços sem fim também.
Chega uma hora que até quem gosta de intensidade quer calmaria. Uma hora que até quem gosta de dúvida quer certezas. Hora que o agora é importante sim, mas também é preciso pensar no amanhã. É essa a hora que cansamos de nos apaixonar e queremos ir para o próximo passo: amar.
Não sou daquelas que acredita que só se ama uma vez e nem de falar que tudo o que senti antes não era nada. É verdade que eu sou de gostar fácil. Já tive muitos amores nessa minha vida. Tive muitos amores porque eu sempre busquei amar por aí. Mas sempre amei sozinha.
Só que eu sempre quis encontrar alguém com o pensamento igual o meu. Alguém que gostasse de nuvens e de amar por completo. Alguém que me ensinasse a gostar de coisas novas, que quisesse ter um cachorro e cozinhar comigo. Alguém que gostasse de sonhar e que me ajudasse a levantar quando eu caísse. Ou que não me deixasse cair.
E chegou você.
Será que você é meu amor de verdade? Será que você é aquele que eu sempre escrevi sobre? Aquele que eu sentia saudades sem ao menos conhecer? Aquele que habitava meus sonhos desde sempre? Será que são seus beijos que terei para sempre?
Essas respostas não podem ser respondidas agora, mas espero em breve poder respondê-las. Não tenho mais pressa em trocar as interrogações por outros pontos. 
Por enquanto, vou traçando nosso caminho, nosso futuro. Assim do jeito que a gente é, espontâneo, verdadeiro e feliz. Assim como o destino quis.