Aquilo não foi nada. Mas, aqueles seus olhos claros
me olhando ao se despedir me mostraram que poderia ser alguma coisa. O jeito
que você me conduziu à saída daquele lugar fazia parecer que aquele final poderia
ser um início. Talvez eu nunca mais te veja. Talvez a gente resolva se
encontrar. Só sei que vivo me envolvendo em histórias que não sei aonde vai
dar.
Pode ser que eu me decepcione mais uma vez, como foi
com todos os outros antes de você. Nem sempre é minha culpa. Eu sempre deixo as
pessoas entrarem e depois elas vão embora. Ou elas ficam, mas acabando com todo
o sentimento que possuo por elas. Aí você apareceu. E eu já to aqui imaginando
o final sem ao menos ter começado algo. Eu já to aqui me imaginando com você
sem ao menos saber se vou te ver outra vez.
Eu gostei de você. Espero que seja você. À noite,
quando tento dormir me vem à cabeça a breve lembrança que tenho de você. Espero
te ver outra vez. Sou louca? Eu tenho certeza. Eu sou louca pra que alguém na
fique de vez na minha vida ao invés de só passar um tempo. Eu sou louca pra que
alguma história não tenha final feliz, mas que continue até o final. Espero que
seja você.
Espero te ver outra vez. Nem que seja só mais uma. Mas,
se você quiser pode ser duas, três, dez ou cem. E se aquela noite fosse só o
começo de um grande amor? Você, lindo e perfeito, se apaixona a primeira vista
por uma menina simpática e desengonçada. A imaginação é fértil. Vejo histórias
de amor em tudo, por que não veria em você? Você está sendo mais um personagem
de um texto. Espero que seja personagem da vida real.
Tá. Eu nunca mais devo te ver. O que a gente teve
não foi e nem será nada além de uma breve e interessante história de uma noite.
Talvez você seja mais um daqueles caras que tinham tudo pra ser, mas não
foram nada. Talvez. Se não for,
paciência. Pelo menos, eu já tenho esse texto pra deixar registrado mais um
amor de balada. E em balada nasce amor?
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