Andei refletindo sobre o amor. Ele não é um sentimento que vem e
fica. É algo que já nasce com você e vai acompanhá-lo pelo resto da
vida. É algo inato, que vem de dentro, uma força que não se sabe de onde
e nem porque. O amor pode ser visto em uma mãe que ao descobrir que
está grávida, passa a amar aquela criança sem ao menos ter a visto. Aos
pais que tudo fazem pra proporcionar o aprendizado de tudo a aquele ser
que não sabe nada . Nos sorrisos sincero de um bebê, e em pouco tempo o bebê já passa a
reconhecer aquelas pessoas que o amaram primeiro. Então ele os ama também. Sem ao menos aprender a falar ou andar, ele já ama. Isso não é
lindo?
O amor é muito simples. Não é esse sentimento complicado e que só traz
decepção como dizem por ai. E nem aquele sentimento que só se sente uma
vez na vida como declaram aqueles que dizem que “só se ama uma vez”.
Tudo uma enorme besteira. Isso porque as pessoas sempre relacionam o
amor a ficantes, namorados e amores platônicos. Pensam que o amor se
resume a beijos, carinhos e companhia em domingos entediantes. O amor é
muito mais que isso. Mais que todas essas promessas não cumpridas que te
decepcionaram, mais que os meses perdidos em um relacionamento falido
ou nas folhas rabiscadas com o nome de vocês entre corações. Nós complicamos
o amor. Por causa de decepções amorosas, o colocamos num patamar
inalcançável que só aqueles que muito lutam ou que dão sorte são capazes
de conseguir. Mas não é isso. O amor é tão simples que chega a ser
difícil compreender tanta simplicidade.
Às vezes, por causa do orgulho ou para não parecer tão bobos, acabamos
sufocando qualquer indício de amor. Nos dias de hoje, o desapego
tornou-se regra e a arte de desapegar-se das pessoas tem sido
considerada uma qualidade. Tudo está de cabeça pra baixo. Ser frio e não
demonstrar o que sente não te faz resistente aos sentimentos. Não há
como fugir de algo que vem de dentro de você.
Eu me preocupo com a maneira que as coisas têm andado. Eu me preocupo bastante com um mundo em
que ninguém confia em ninguém. Um mundo onde é motivo de orgulho não se deixar gostar das
pessoas. Eu me recuso a fazer parte disso. Faço questão de me apegar, de
gostar, de amar, de confiar e estou disposta a correr o risco de me
magoar quantas vezes forem necessárias. Só não aceito me sujeitar a
passar a vida inteira lutando contra minha natureza. Não aceito passar a
vida anulando meus sentimentos e deixando de ser feliz simplesmente por
medo de amar.
Não quero chegar a minha velhice e cantar "devia ter amado mais, ter
chorado mais". Porque quando eu estiver lá, eu vou ter amado muito, o
máximo que eu puder.
Porque amor é muita coisa. Amor é pai, mãe,
tia, primo, família. Amor é amizade de berço, de igreja, de infância, da
escola, do ensino médio, da faculdade, da rua ou de qualquer lugar.
Amor é namorar, ficar, se apaixonar, admirar. Amor é sol, céu, lua, e
viajar. Amor é fazer o que faz seu coração palpitar. Amor é sentir e
deixar se apegar.
Liberte-se dessa pressão. Desapegue-se do desapego. Ame e permita-se amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário